351- Tartufo destrói
valores superiores,
pois quer ser herói.

352- Autor de artimanha
sustenta a farsa e tenta
impor a façanha.

353- Pedra de tropeço
jazia na rodovia
depois do arremesso.

354- Tomos demagógicos
falharam e espalharam
seus erros ilógicos.

355- Justiceiros doutos
existem porque subsistem
os seus valhacoutos.

356- As togas, em ilhas,
prolatam, mas não relatam
suas armadilhas.

357- O mel das colméias
faz bem e adoça também
as minhas idéias.

358- Identificar
a causa de tanta pausa
produz mal estar.

359- A evolução
se sente no homem crente,
cultor da razão.

360- Degrau por degrau,
a meta será correta,
menos para o mau.

361- Em ocasiões
da vida, a força da lida
vem aos supetões.

362- Controlar a mente
consegue apenas quem segue
o plano excelente.

363- Apesar das flores,
fobias e aleivosias
provocam as dores.

364 Justiça que emana
da luz, livra-me da cruz
tosca, desumana…

365- Falsário ousado
se sente homem potente,
diferenciado.

366- Dúplice impostura:
lesar a mim e fraudar
a magistratura.

367- Embuste dobrado:
ver quem nos logrou tão bem
lograr magistrado.

368- Corretor falsário
rasteira passa, certeira,
no Judiciário.

369- Espoliador
valente e experiente
lesa até doutor.

370- Lucro avantajado
excita e possibilita
ter advogado.

371- Engodo verídico:
jactar-se, locupletar-se
e pagar causídico.

372- Bravata feliz:
gabar-se e vangloriar-se
de enganar juiz.

373- A mim horripila
peçonha triste e medonha
que a cobra destila.

374- Preces proferidas
na dor, se houver rancor,
não são atendidas.

375- Ao Juiz Supremo
recorro e grito – socorro!
num momento extremo.

376- Supremo Juiz,
volvei-me o olhar e fazei-me
menos infeliz.

377- Justiça sueca,
por pura e branda candura,
absolve quem peca.

378- Covarde ardiloso
oculta de forma estulta
ego melindroso.

379- Sensibilidade
daria à  monarquia
credibilidade.

380- Histrião autêntico
se ofende e se defende,
a um santo idêntico.

381- Inexiste alarde
na ação de ocultação
do ato covarde.