TRABALHOS POÉTICOS ECLÉTICOS EM PORTUGUÊS
POETISA, TROVADORA E HAICAÍSTA
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Textos
TEMPs TERCETOS ECLÉTICOS METRIFICADOS EM PORTUGUÊS
701- Há certos rumores
que agem na auto-imagem
e dão dissabores.

702- Sou enigmática:
nem meu nome você leu,
e me achou simpática.

703- Já perdi a conta
das vezes que esses fregueses
fizeram-me afronta.

704- A epidemia,
já não mais em expansão,
abrandar-se-ia.

705- Quem deve se esquece,
folgado; ou, preocupado,
por dever, padece.

706- Senti, intrigada,
maldade de intensidade
nada moderada.

707- O surto psicótico
na escola, vence e estiola
o mestre neurótico.

708- A hipocrisia
da qual eu penso tão mal,
só me contraria.

709- Temos um histórico
carente de consequente
rigor categórico.

710- Com muita frequência,
detecto, no seu prospecto,
só incoerência.

711- Os dias prosperam
felizes, pois os países
bom senso tiveram.

712- Instruir-me-ei
no tema “som e fonema”,
escutando o frei.

713- Repercute em mim
o som que achei tão bom
do começo ao fim.

714- Às vezes, por tédio,
nos mimos não pressentimos
sinal de assédio.

715- Sou itinerante.
Turismo e sedentarismo
diferem bastante.

716- Sacudir poeira
convém justamente a quem
quer ação ligeira.

717- Hoje faço planos
cantando e me esquivando
de tristes enganos.

718- Quisera poder
sustar, conter, aplacar
dor e desprazer.

719- Houve confusão.
Mal dei por isso, mas sei
que houve arrastão.

720- Estás sorumbático
devido ao tempo vivido
no mundo errático.

721- Um ponto sem nó,
banqueiro não dá, certeiro,
e lesa sem dó.

722- Não pude conter
meu riso e até foi preciso
desaparecer.

723- Não fiz continência.
Pior foi que o major
deu-me advertência.

724- Bestialidade
prospera dentro da fera,
alheia à maldade.

725- Todo navegante
sem mar não pode passar:
questão redundante.

726- Meu grito ninguém
escuta, e minha luta
desprezam também.

727- Eu não transigi
com sua verdade nua,
e nem a despi.

728- Não grite, não chore,
não ria da nostalgia.
Apenas deplore.

729- O ilusionista
espera que a quimera
não esteja à vista.

730- Quem dá atenção
aos ritos e aos conflitos
entende a razão.

731- A determinante
origem dessa vertigem
é alucinante.

732- Só a consciência
desperta a medida certa
da inteligência.

733- Da prioridade
que dei a você bem sei
da inutilidade.

734- O egocentrismo
comprime e até suprime
noção de altruísmo.

735- Anoitece a estrela
perdida e esmaecida,
e mal posso vê-la.

736- Cordialidade
também serve para quem
cobre falsidade.

737- Vem do rouxinol,
formoso, o melodioso
do re mi fa sol.

738- Inadmissível
é ver animal sofrer
e ser impassível.

739- Educação visa
cultivo comparativo
da mente indecisa.

740- Quem tem mais cultura
motiva a narrativa
sem caricatura.

741- Os meus ideais
sumários e humanitários
não nego jamais.

742- Por me ajudares,
sofreste e até perdeste
teus ricos colares.

743- No fantasmagórico
se apega aquele que nega
o seu pobre histórico.

744- Concordando ou não,
quem cansa só quer mudança
e melhor visão.

745- Paz é vida justa,
enquanto guerra traz pranto
e morte que assusta.

746- Há certa verdade
até na falta de fé
e na falsidade.

747- Todo ato humano,
ou digno ou maligno,
propende ao engano.

748- Por má temporada
espere e a considere
página virada.

749- Sua voz que berra
e tática antipática
caíram por terra.

750- Como proceder
se meus méritos nem Deus
quer reconhecer?
Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 07/10/2023
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