Textos
TEMPs TERCETOS ECLÉTICOS METRIFICADOS EM PORTUGUÊS
801- Cada TEIP meu,
latente, instintivamente
se desenvolveu.
802- A tese esposada,
ruim tornou-se e, assim,
foi ultrapassada.
803- Não sei o que é
não ser e não vou saber
pois não basta a fé.
804- Não entendi nada
da lei que li, e fiquei
bastante intrigada.
805- Sua atuação
no lar deixa a desejar,
por imposição.
806- A circunferência
tracei e não reparei
na impermanência.
807- Por não ser possível
deter o tempo, vou ser
mais acessível.
808- Nego a este mundo
perverso e controverso
meu amor profundo.
809- Meu cão perde o sono
e não come nem ração
longe do seu dono.
810- Meus imperturbáveis
ouvidos ouvem ruídos
de pronto olvidáveis.
811- Do nosso temível
passado, tenho guardado
só o imprescindível.
812- Com o ar pesado
durante a noite escaldante
dormi de mau grado.
813- Todos sentem medo
da tela, se assistem nela
ao medonho enredo.
814- Com fortes batidas,
porção do meu coração
repele investidas.
815- Eminentemente
política, a sua crítica
não foi pertinente.
816- Administraste
tão mal o teu capital,
que surgiu contraste.
817- Não há coerência
nas formas como essas normas
abrem precedência.
818- Encontrei os meios
de amar e conciliar
os meus devaneios.
819- Brigas, os briguentos
encaram, porém mascaram
os seus sentimentos.
820- Inimaginável
a dor que nenhum doutor
sente ser tratável.
821- Dei-me a proteção
com vidro que impede hidro
contaminação.
822- Libertar-me-ei
de vez da insensatez
dessa arcaica lei.
823- Com ar de esquecido,
você, de fato, não lê
nem meu apelido.
824- Durante seis meses,
senti no som que ouvi
tristeza, mil vezes.
825- Invasão dos mouros
na ilha foi por quadrilha
que levou tesouros.
826- As opiniões
de certos homens espertos
são desilusões.
827- Quem vive drogado,
confuso, em parafuso
entra, alucinado.
828- A alma tristonha
se esquiva, inexpressiva,
entretanto, sonha.
829- Nenhum tribunal
confia em autoria
sem prova cabal.
830- Com ampla noção
de instinto, sei e pressinto
grande maldição.
831- Da autoridade
o abuso tratam com uso
de urbanidade.
832- Feriu-me, com tédio,
o ouvido, o grande alarido
explodindo o prédio.
833- No assalto, o covarde
tremeu e, então, se escondeu
por pequeno alarde.
834- Incredulidade
solapa, mas não se escapa
da realidade.
835- Não posso estimar
do mundo o terror profundo
sem me consternar.
836- Da esfera celeste
ribombam raios que tombam
piores que peste.
837- Doutor, o seu título
permite tolo palpite
em qualquer capítulo.
838- Garças voam ternas,
curvando o pescoço brando,
esticando as pernas.
839- Casei só porque
queria ter alegria
jogando o buquê.
840- A desenfreada
ganância em toda a instância
vem disseminada.
841- Com melancolia,
você não ouve nem vê
razões da apatia.
842- O tempo que passa
carrega e descarrega
sem graça a desgraça.
843- Não sei quantas horas
diárias são necessárias
para tantas penhoras.
844- Com poder crescente,
ganância age com ânsia,
compulsivamente.
845- A desenfreada
ganância, em toda a instância,
vem disseminada.
846- Idéias que mudam
as mentes não displicentes
às vezes ajudam.
847- Cataloguei texto
análogo ao diálogo,
como bom pretexto.
848- Julguei reformistas
os fluxos e os refluxos
de grandes artistas.
849- Vejo gigantesco
fracasso neste teu traço:
disfarce grotesco.
850- O preocupado
por dores e dissabores
vive flagelado.
Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 07/10/2023
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