TRABALHOS POÉTICOS ECLÉTICOS EM PORTUGUÊS
POETISA, TROVADORA E HAICAÍSTA
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Textos
TEMPs TERCETOS ECLÉTICOS METRIFICADOS EM PORTUGUÊS
901- Fugir é prazer
bizarro, mas o cigarro
te ajuda a esquecer.

902- A inteligência
parada, não cultivada,
cresce em decadência.

903- Se desassombrada,
a alma reflete calma
constante e elevada.

904- Agir na esteira
de bando é estar tapando
o sol com peneira.

905- Do tecnicismo
o ranço entrava o avanço
até do otimismo.

906- Postulei processo
que não recebe atenção
pelo retrocesso.

907- A pobre libélula
voou e a aranha a pegou
e não sobrou célula.

908- Não há salvação
tardia na hipocrisia
do camaleão.

909- O curandeirismo
não tem o valor que vem
do radicalismo.

910- Desequilibrado
demente deficiente
é desajustado.

911- Certas substâncias
endógenas ou exógenas,
emitem fragrâncias.

912- Saúde integral
consegue quem sabe e segue
regime ideal.

913- Se temos frequência
de meios e de passeios,
outros têm carência.

914- Não como à vontade,
porém, por certo, convém
regularidade.

915- “Quem cala consente”
é falso se eu realço
a ação prepotente.

916- Homens e mulheres
são lúcidos e translúcidos,
ou tudo que queres.

917- Pense na tristeza,
mas conte com o horizonte,
hostil à estreiteza.

918- Tentei abarcar
o mundo, mas foi profundo
o meu mal estar.

919- O bajulador,
um ente subserviente,
não se dá valor.

920- Foste tão grotesco
que teu caráter pigmeu
achei gigantesco.

921- Doutor, da prisão,
com arte, desvencilhar-te
é tua ambição.

922- É tanta desgraça
na terra que, quando emperra,
minha dor não passa.

923- Quem ouve latido
na hora até ignora
o duplo sentido.

924- Avistando o galho,
as aves pousam suaves,
longe do espantalho.

925- Jamais rastejante
serei, pois sempre estarei
solene e elegante.

926- Como você vê,
o que vem depois do c,
por ordem, é d.

927- Toda falsidade
se entrosa, espirituosa,
com a crueldade.

928- Cansei de ouvir
quem sente mais o presente
do que o porvir.

929- Só sinto pressão
de gente inconveniente
sem educação.

930- Meu momento lindo
que amei e acariciei
agora está vindo.

931- Se alguém por socorro
gritar, de dentro do mar,
a Deus eu recorro.

932- No estelionato
falei que não deixarei
enquadrar o rato.

933- Querer é poder.
Falácia. Com perspicácia,
ninguém pode crer.

934- Quem está presente
na festa, perdeu a testa
bebendo aguardente.

935- Enquanto ensaísta,
deixei de lado a lei
na fase elitista.

936- Não está bem claro
teu jeito, mas tens respeito
e epíteto raro.

937- Do patriotismo
se esquece quem se enaltece
com o despotismo.

938- Um sábio ileso
à dor, não é, e a rigor,
não fica surpreso.

939- Senti que és estulto.
Criança atrevida cansa,
quanto mais adulto.

940- Os maus se regalam,
se deitam e se deleitam,
pois os bons se calam.

941- Os maus desrespeitam,
ousados, templos sagrados,
e deuses rejeitam.

942- Importante esquema:
viver, mas não pertencer
ao cruel sistema.

943- A nomenclatura
é morta e jamais importa
para a ditadura.

944- Busquei mecanismos
a fim de fugir de mim
e dos casuísmos.

945- Deixei p’ra amanhã,
podendo hoje estar fazendo
meu xale de lã.

946- Ramificações
do mal que traz o jornal
tem complicações.

947- Palavras das quais
me esqueço, com todo o apreço,
reproduzo mais.

948- Expressar-me-ei
sem voz diante do algoz
que zomba da lei.

949- Tentaste hipnose
em vão, pois sem sugestão,
falhaste na dose.

950- Bastante exigente,
dentista, fraco da vista,
extraiu meu dente.
Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 07/10/2023
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