TRABALHOS POÉTICOS ECLÉTICOS EM PORTUGUÊS
POETISA, TROVADORA E HAICAÍSTA
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Textos
TEMPs TERCETOS ECLÉTICOS METRIFICADOS EM PORTUGUÊS
1101- Discurso direto
é tão fácil na oração,
como o indireto.

1102- Exata medida
de nível, imprescindível,
deve ser bem lida.

1103- Deste uma guinada,
exausto de tanto fausto
e vida açodada.

1104- Súbito ruflar
de asas por sobre as casas
foi de assustar.

1105- Reputo invasiva
a ação de bajulação
administrativa.

1106- Identifiquei
não apta, mas mentecapta
presunção sem lei.

1107- Invido não medra,
e mau intérprete, pau,
entende que é pedra.

1108- Na olocracia
razão tem a multidão
sem sabedoria.

1109- Parece ideal
de vida andar na avenida
nu no carnaval.

1110- Por detrás da lei
existe um dedo em riste,
que em xeque porei.

1111- Ousei, com parrésia,
expor todo o meu rancor,
mas tive amnésia.

1112- No mundo de engodo
mentira torna-se lira,
e verdade, lodo.

1113- Quando o inaceitável
atende a quem se defende,
torna-se aceitável.

1114- Vida: sucessão
de enganos e desenganos,
por imperfeição.

1115- De significado,
o mundo, lá bem no fundo,
está despojado.

1116- É bom preservar
seu lado mais vinculado
com o bem estar.

1117- Querer reservar-se
direito de ser perfeito
pressupõe disfarce.

1118- Positivamente,
segredo, máscara, medo
influem na mente.

1119- Qualquer excrescência
que brota da fé embota
e mina a ciência.

1120- O diagnóstico
de lúpulo, sem escrúpulo,
formou um acróstico.

1121- Egoísmo humano,
raiz do sempre infeliz
espírito insano.

1122- Os obsessores
entendem só que pretendem
fazer sofredores.

1123- Toda covardia
agrava e torna escrava
a alma sombria.

1124- Convém que tu guardes:
juiz que não é feliz
defende covardes.

1125- São abilolados
os rios de elogios
que ouvi, infundados.

1126- Para a contumácia
de práticas autocráticas,
pesa a perspicácia.

1127- Por seres um traste,
com minhas moedazinhas
te locupletaste.

1128- Uma sucessão
de enganos e desenganos
degrada a nação.

1129 – Enquanto você
foi moço, fez alvoroço,
mas ninguém crê.

1130- Por ser inimiga
da vida, descomedida,
ataca a fadiga.

1131- A ação covarde
rasteira é sorrateira,
sem som e alarde.

1132- Profissional
falível e inservível
trai o social.

1133- Sinto o desapreço
profundo por esse mundo
que está do avesso.

1134- Fadiga que cansa
e gula que se acumula
mexem com balança.

1135- Eu vivo num mundo
vazio e doentio
e, em tese, imundo.

1136- Como de araponga,
martela, a voz tagarela,
alheia à delonga.

1137-  Conscientemente,
o mérito do pretérito
provém do presente.

1138- Resultou extrema
e em vão, a obstinação
que causou problema.

1139- Nenhuma centelha
de essência da consciência
brilha para a abelha.

1140- Horas que antecedem
meu sono são de abandono
de coisas que enredem.

1141- Eu queria a hora
mais terna e sublime, eterna:
o romper da aurora.

1142- Tanta covardia
temível e invencível
só gera apatia.

1143- Desgosto pungente
arrasa e até abrasa
a vida da gente.

1144- Celeste babel:
Saturno vê, taciturno,
tombar um anel.

1145- Tire o sorriso
dos lábios porque os sábios
sofrem prejuízo.

1146- Eu julgo o desplante
que encarde a ação covarde
o mais aviltante.

1147- Um alienado
patrão só dá atenção
ao apaniguado.

1148- A desfaçatez
afronta, fere e desmonta
a intrepidez.

1149- Sou uma terceira
pessoa que pensa à toa,
mas na dianteira.

1150- Terceiriza a vida
quem sabe bem quando cabe
drástica medida.
Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 07/10/2023
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