Textos
TEMPs TERCETOS ECLÉTICOS METRIFICADOS EM PORTUGUÊS
1151- A religião,
se mente, transforma o crente
num ser sem razão.
1152- O criacionismo
absurdo faz cego e surdo
o racionalismo.
1153- Humilde postura
é trato do candidato
à magistratura.
1154- O mal execrável
se cria na covardia
e cresce implacável.
1155- Ranço nos louvores
aos ritos são requisitos
dos conservadores.
1156- É irrelevante
estudo sem conteúdo
com tanto displante.
1157- De esperar sentado
desista, por um jurista
vocacionado.
1158- A experiência
de agruras das ditaduras
fere a consciência.
1159- Eterna apatia:
querer livrar sem poder
os bois da agonia.
1160 – Balaio de gato
virou o que se pensou
ser ninho de rato.
1161- Notei virtuema
horrendo, despiciendo,
neste seu problema.
1162- Num verso, protesto
insólito, de propósito,
fiz contra seu gesto.
1163- Rosário de penas
desfio se me desvio
das horas serenas.
1164- Peço com firmeza
ao crente ou, então, descrente:
ame a natureza.
1165- Um verso inspirado
não toca e nem provoca
leitor embotado.
1166- Achei excessiva
a via da anistia
por ser progressiva.
1167- Toda teoria
errática ri da prática
e se distancia.
1168- Desvalorizaste
o frágil por não ser ágil,
mas te condenaste.
1169- O entusiasmo,
se falta e não se exalta,
torna-se marasmo.
1170- Grandes bagatelas
odeiam as que pleiteiam
ser mais do que elas.
1171- Por bilhões de anos
morri e apenas sofri
alguns desenganos.
1172- Não poucos enganos
senti enquanto vivi
com seres humanos.
1173- O diabo entende
ser santo sabendo o quanto
o homem se vende.
1174- Não vivo de planos
porém, concentro-me além
dos padrões mundanos.
1175- Novos horizontes
achei enquanto sonhei
que escalava montes.
1176- No meio de insanos
sem lei eu perambulei
por bilhões de anos.
1177- Credibilidade
de gata a gente resgata
sem dificuldade.
1178- Quem quer confundir
alguém esconde que tem
vontade de rir.
1179- Ao fazer o laço
matreiro, o passarinheiro
não viu embaraço.
1180- Só discernirá
quem morre o que ocorre
do lado de lá.
1181- Não leio nem curta
história da trajetória
daquele que furta.
1182- Se você soubesse
que sei e não lhe contei,
diria: esquece.
1183- Por que, nas alturas,
zombais dos meus pobres ais,
cruéis criaturas?
1184- Bem imprescindível
é ter imenso prazer
no sono aprazível.
1185- No mar infinito,
narciso, visualizo
seu lado bonito.
1186- Causa-me tristeza
e espanto saber o quanto
é louca a avareza.
1187- Muito formalismo
geraste e arruinaste
teu protagonismo.
1188- Por acovardar-se
bastante, qualquer farsante
pode melindrar-se.
1189- A pusilanimidade
exorta a ética torta
sem magnanimidade.
1190- Deves agarrar-te
nas guias, pois poderias
desequilibrar-te.
1191- Seu antagonismo
é causa de muita pausa
no meu otimismo.
1192- Sua covardia
assume estranho costume
por hipocrisia.
1193- A sua arrogância
sugou e subjugou
você desde a infância.
1194- Cair no engodo:
dobrar sem se equilibrar
no meio do lodo.
1195- Com ou sem conflito,
mistérios são elastérios
com o infinito.
1196- Neste circundante,
profundo e extenso mundo,
a dor é constante.
1197- Indignação
causaste porque lesaste
uma multidão.
1198- Eu me terceirizo
a fim de buscar em mim
bom senso e juízo.
1199- Não é bom sinal
sentir um juiz agir
sem credencial.
Marian Battistella Pacelli
Enviado por Marian Battistella Pacelli em 07/10/2023
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